TECNOLOGIA ESPACIAL BRASILEIRA.
AQUI VEREMOS A TECNOLOGIA ESPACIAL BRASILEIRA.
Marcos Pontes - Herói Nacional
O professor e astronauta Marcos Pontes nasceu em Bauru, SP em 11 de março de 1963. Sua história de vida é fonte de inspiração para milhões de jovens no Brasil e no mundo.
Entrou para a Força Aérea. Serviu o Brasil até 1998, quando foi selecionado e passou a representar o país na NASA, em , no Programa da Estação Espacial Internacional.
Em 2005, o astronauta foi convidado a participar como tripulante da Missão Centenário, criada, definida, contratada e gerenciada pela Agência Espacial Brasileira. Os objetivos da Missão eram: para realizar experimentos nacionais em microgravidade, incentivar o crescimento dessa área de pesquisa no Brasil, homenagear o herói Santos Dumont e promover o Programa Espacial Brasileiro.
Em março de 2006 Marcos Pontes levou a bandeira do Brasil, pela primeira vez na história do país, em órbita da Terra.
Pontes continuou sua trajetória de aprendizado pessoal e ascensão profissional, sempre disposto a ajudar a quem precisa e compartilhar seu conhecimento.
Pesquisadores da COPPE acabam de concluir um estudo inédito, que levará o Brasil a um significativo avanço na área espacial. Trata-se de um sistema de proteção térmica de reentrada na atmosfera. O material poderá ser utilizado em microsatélites, preservando os experimentos científicos transportados em veículos orbitais.
O sistema será usado no primeiro satélite brasileiro preparado para operar em microgravidades, denominado SARA, que será lançado até o final deste ano. O objetivo é impedir que este sofra danos ao retornar à atmosfera terrestre. Sem essa proteção, os satélites não resistem ao atrito com a atmosfera terrestre, quando voltam ao solo. Até então, o Brasil não detinha esta tecnologia, restrita a poucos países, e estratégica para a realização de pesquisas de ponta no espaço.
Coordenado pelo professor Renato Machado Cotta, o estudo foi desenvolvido por um grupo de seis pesquisadores do Laboratório de Transmissão e Tecnologia do Calor da COPPE. Ao todo, foram três anos de trabalho para desenvolver e projetar esse sistema de proteção térmica.
Por não possuir um sistema de proteção térmica, os microsatélites de origem brasileira lançados até hoje no espaço apenas transmitem informações e os dados coletados. Os que retornaram foram destruídos ao entrar na atmosfera terrestre. "Isso ocorre devido a altíssima velocidade e temperatura atingidas no trajeto de retorno. Por isso a proteção térmica é tão importante para garantir a integridade dos veículos espaciais. O acidente ocorrido com o ônibus espacial Columbia, em fevereiro passado, por exemplo, deu-se provavelmente devido a danos no sistema de proteção térmica", explica Cotta. Segundo o professor, o objetivo do sistema concebido na COPPE é preservar o satélite e a carga científica por ele transportado. "Não é possível realizar pesquisa no espaço e trazer de volta os experimentos sem este tipo de proteção. Para se ter uma idéia, esta tecnologia é um fator considerado tão estratégico para os países que quem a detém não vende, não troca e nem faz negócio."
Para concluir o trabalho, os pesquisadores da COPPE se debruçaram em números e testes: calcularam o aquecimento aerodinâmico que ocorre na entrada da atmosférica; analisaram a transferência de calor em materiais ablativos (que se queimam para proteger uma outra estrutura) e não-ablativos de proteção térmica; avaliaram as tensões ocorridas nos materiais de proteção térmica e sua capacidade de resistência.
Trabalho Recompensado
Agora, os experimentos do país serão levados ao espaço e suas reações a ambientes de pequena gravidade poderão ser avaliadas pelos pesquisadores brasileiros. Isto trará uma grande contribuição para o desenvolvimento científico brasileiro, uma vez que os profissionais terão como projetar novos produtos e melhorar a eficiência de seus trabalhos a partir das informações trazidas pelos experimentos. Como os microsatélites atuais apenas transmitem informações, não possibilitam aos pesquisadores fazer uma análise física e direta de experimentos realizados no espaço.
"Dominando esta tecnologia, também não será mais necessário enfrentar as filas de espera de lançamentos dos foguetes de sondagem, realizados por órgãos internacionais, que levam experimentos para verificar suas reações em ambiente de microgravidade. Os pesquisadores brasileiros ganharão um tempo precioso, além de economizar financeiramente", afirma Renato Cotta.
A economia de custos é outra vantagem que o projeto SARA proporcionará ao País. Segundo Paulo Moraes Júnior, chefe da Divisão de Sistemas Espaciais (ASE) do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e coordenador do projeto SARA, os custos de uma operação no espaço são medidos pelo tempo de utilização do satélite e peso da carga transportada. "Para se ter uma idéia da economia que faremos, um foguete de sondagem custa cerca de US$ 10 mil dólares por cada quilo de carga, a cada uma hora. Já o SARA poderá custar aproximadamente mil dólares por quilo", AFIRMA.
Desde a década de 60
o Brasil teve a inciativa de institucionalizar as atividades
espaciais. Com a criação da Agência Espacial Brasileira, em 1994, o
Brasil passou a ter um órgão público coordenando os institutos e
unidades de pesquisas que praticam atividades na área espacial o
Ministério da Ciência e Tecnologia. Os mais importantes são: o Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto de Aeronáutica e
Espaço (IAE); e o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
O INPE, sediado em São José dos Campos, estado de São Paulo, desenvolve atividades de pesquisa básica nas áreas de Astrofísica e Geofísica
O INPE, sediado em São José dos Campos, estado de São Paulo, desenvolve atividades de pesquisa básica nas áreas de Astrofísica e Geofísica
Também sediado em São José dos Campos, o IAE, ligado ao Centro
Técnico Aeroespacial (CTA) da Aeronáutica, desenvolve lançadores de
satélites e foguetes de sondagem. Já o CLA coordena as atividades na
base de lançamento de Alcântara, no estado do Maranhão, e também na
Barreira do Inferno, em Natal, Rio Grande do Norte. A Infraero está
encarregada de viabilizar a utilização comercial destas bases.
Marcos Pontes - Herói Nacional
O professor e astronauta Marcos Pontes nasceu em Bauru, SP em 11 de março de 1963. Sua história de vida é fonte de inspiração para milhões de jovens no Brasil e no mundo.
Entrou para a Força Aérea. Serviu o Brasil até 1998, quando foi selecionado e passou a representar o país na NASA, em , no Programa da Estação Espacial Internacional.
Em 2005, o astronauta foi convidado a participar como tripulante da Missão Centenário, criada, definida, contratada e gerenciada pela Agência Espacial Brasileira. Os objetivos da Missão eram: para realizar experimentos nacionais em microgravidade, incentivar o crescimento dessa área de pesquisa no Brasil, homenagear o herói Santos Dumont e promover o Programa Espacial Brasileiro.
Em março de 2006 Marcos Pontes levou a bandeira do Brasil, pela primeira vez na história do país, em órbita da Terra.
Pontes continuou sua trajetória de aprendizado pessoal e ascensão profissional, sempre disposto a ajudar a quem precisa e compartilhar seu conhecimento.
Tecnologia espacial brasileira
Pesquisadores da COPPE acabam de concluir um estudo inédito, que levará o Brasil a um significativo avanço na área espacial. Trata-se de um sistema de proteção térmica de reentrada na atmosfera. O material poderá ser utilizado em microsatélites, preservando os experimentos científicos transportados em veículos orbitais.
O sistema será usado no primeiro satélite brasileiro preparado para operar em microgravidades, denominado SARA, que será lançado até o final deste ano. O objetivo é impedir que este sofra danos ao retornar à atmosfera terrestre. Sem essa proteção, os satélites não resistem ao atrito com a atmosfera terrestre, quando voltam ao solo. Até então, o Brasil não detinha esta tecnologia, restrita a poucos países, e estratégica para a realização de pesquisas de ponta no espaço.
Coordenado pelo professor Renato Machado Cotta, o estudo foi desenvolvido por um grupo de seis pesquisadores do Laboratório de Transmissão e Tecnologia do Calor da COPPE. Ao todo, foram três anos de trabalho para desenvolver e projetar esse sistema de proteção térmica.
Por não possuir um sistema de proteção térmica, os microsatélites de origem brasileira lançados até hoje no espaço apenas transmitem informações e os dados coletados. Os que retornaram foram destruídos ao entrar na atmosfera terrestre. "Isso ocorre devido a altíssima velocidade e temperatura atingidas no trajeto de retorno. Por isso a proteção térmica é tão importante para garantir a integridade dos veículos espaciais. O acidente ocorrido com o ônibus espacial Columbia, em fevereiro passado, por exemplo, deu-se provavelmente devido a danos no sistema de proteção térmica", explica Cotta. Segundo o professor, o objetivo do sistema concebido na COPPE é preservar o satélite e a carga científica por ele transportado. "Não é possível realizar pesquisa no espaço e trazer de volta os experimentos sem este tipo de proteção. Para se ter uma idéia, esta tecnologia é um fator considerado tão estratégico para os países que quem a detém não vende, não troca e nem faz negócio."
Para concluir o trabalho, os pesquisadores da COPPE se debruçaram em números e testes: calcularam o aquecimento aerodinâmico que ocorre na entrada da atmosférica; analisaram a transferência de calor em materiais ablativos (que se queimam para proteger uma outra estrutura) e não-ablativos de proteção térmica; avaliaram as tensões ocorridas nos materiais de proteção térmica e sua capacidade de resistência.
Trabalho Recompensado
Agora, os experimentos do país serão levados ao espaço e suas reações a ambientes de pequena gravidade poderão ser avaliadas pelos pesquisadores brasileiros. Isto trará uma grande contribuição para o desenvolvimento científico brasileiro, uma vez que os profissionais terão como projetar novos produtos e melhorar a eficiência de seus trabalhos a partir das informações trazidas pelos experimentos. Como os microsatélites atuais apenas transmitem informações, não possibilitam aos pesquisadores fazer uma análise física e direta de experimentos realizados no espaço.
"Dominando esta tecnologia, também não será mais necessário enfrentar as filas de espera de lançamentos dos foguetes de sondagem, realizados por órgãos internacionais, que levam experimentos para verificar suas reações em ambiente de microgravidade. Os pesquisadores brasileiros ganharão um tempo precioso, além de economizar financeiramente", afirma Renato Cotta.
A economia de custos é outra vantagem que o projeto SARA proporcionará ao País. Segundo Paulo Moraes Júnior, chefe da Divisão de Sistemas Espaciais (ASE) do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e coordenador do projeto SARA, os custos de uma operação no espaço são medidos pelo tempo de utilização do satélite e peso da carga transportada. "Para se ter uma idéia da economia que faremos, um foguete de sondagem custa cerca de US$ 10 mil dólares por cada quilo de carga, a cada uma hora. Já o SARA poderá custar aproximadamente mil dólares por quilo", AFIRMA.
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